Santi Nereo e Achilleo é uma basílica em Roma localizada
na Via delle Termi di Caracalla, no rione de Célio, de frente para as Termas de
Caracala .
Uma inscrição lapidar de 337 d.C. na Basilica di San
Paolo fuori le Mura celebra o finado Cinnamius Opas, lector de uma igreja
conhecida como Titulus Fasciolae. Outra inscrição lapidar existe de 377 d.C., a
um Félix, provavelmente o Félix, presbitero Tituli Fascioli, que era pai do
papa Félix III e foi mencionado no Liber Pontificalis . Este lugar tem sido
tradicionalmente explicado como o lugar onde São Pedro perdeu as bandagens do
pé (fasciola), que envolviam os ferimentos causados pelas correntes após ter
escapado da Prisão Mamertina.. Nos atos do sínodo do papa Símaco, de 499, o
Titulus Fasciolae aparece sendo servido por quatro sacerdotes. Este mesmo
edifício é relatado como titulus Sanctorum Nerei et Achillei em 595. Portanto a
consagração aos santos Nereu e Aquiles, dois soldados e mártires do século IV,
deve ter ocorrido no século VI.
Em 814, o papa Leão III reconstruiu a antiga igreja
titular. No século XIII, as relíquias dos dois mártires foram transferidas das
Catacumbas de Domitila para a igreja de Sant'Adriano, de onde elas foram depois
trazidas para esta igreja pelo Cardeal Barônio .
A igreja foi claramente se degradando com a idade e, em
1320, de acordo com o "Catálogo de Turim", ela era um titulus presbiterial
sem nenhum sacerdote. Por isso, o papa Sisto IV restaurou a igreja por ocasião
do jubileu de 1475. O jubileu de 1600 também serviu de motivo para a última
grande restauração, desta vez patrocinada pelo antiquário e acadêmico cardeal
Barônio, que encomendou os afrescos.
Por trás de sua modesta fachada, a igreja foi construída
de acordo com um típico plano basilical, com uma nave única e dois corredores
laterais. As colunas originais foram trocadas no século XV por pilares
ortogonais e a nave é marcada pelos grandes afrescos encomendados pelo cardeal
Barônio.
O cardeal, levando adiante o seu esquema iconográfico
sincronizado para o jubileu de 1600, enfatizou o papel dos mártires romanos
durante os primeiros anos do cristianismo. A execução do trabalho ficou a cargo
de um pintor de menor expressão, que geralmente acredita-se ser Niccolò
Circignani, dito "Pomarancio
O ambo medieval está montado sobre uma enorme urna de
pórfiro retirada do vizinho Termas de Caracala. A tela baixa que separa o coro
está decorada com incrustações em estilo cosmatesco do século XIII. Um
candelabro em mármore branco foi retirado de San Paolo fuori le Mura e levado
para lá. O cibório, do século XVI, está montado sobre colunas de mármore
africano.
Os tímpanos do arco ao final da nave ainda preservam
alguns dos mosaicos originais do tempo de Leão III, com uma
"Transfiguração" numa mandorla. O altar-mor, composto por três
painéis cosmatescos, guarda as relíquias de Nereu, Áquila e de Santa Flávia
Domitila. Os três foram retirados das Catacumbas de Domitila e levados para lá.
Próximo ao altar estão duas pedras pagãs mostrando dois espíritos alados
retiradas de um templo vizinho.
Na abside atrás do altar está o trono episcopal montado
sob a direção do antiquário cardeal Barônio, reutilizando leões no estilo
cosmatesco geralmente associado com a escola de Vassalletto como braços; no
encosto estão gravadas as palavras iniciais e finais da vigésima-oitava homilia
de São Gregório, inscritas por conta da tradição incorreta de que ele as teria
dito ali, perante as relíquias de Nereu e Aquiles no dia de sua festa. Quando o
cardeal Barônio ordenou a inscrição , ele não sabia que as relíquias estavam
originalmente enterradas na basílica subterrânea das Catacumbas de Domitila e,
por isso, acreditou que este teria sido o lugar onde São Gregório teria pregado
.
O arco da abside tem mosaicos do século IX representando
a "Anunciação", a "Transfiguração" e a
"Theotokos".
Fonte Wikipédia
Trono episcopal
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