sábado, 31 de agosto de 2013

Igreja de Sant'Agnese in Agone




Sant'Agnese in Agone é uma igreja barroca do século XVII localizada em Roma, na Itália. Ela está de frente para a Piazza Navona, um dos principais espaços urbanos do centro histórico da cidade e é o local onde Santa Inês, a quem é dedicada, foi martirizada, o antigo Estádio de Domiciano, cujo traçado ainda se percebe no formato da Piazza.

A reconstrução da igreja iniciou-se em 1652 sob ordens do papa Inocêncio X, cujo palácio, o Palazzo Pamphili, também dava de frente para a piazza e era vizinho ao local da nova igreja, que se tornaria para todos os efeitos uma capela da família anexa à residência. Para isso, uma abertura se abriu no domo para que eles pudessem participar dos serviços religiosos sem sair do palácio .

Diversos arquitetos se envolveram na construção da igreja, incluindo Girolamo Rainaldi e seu filho Carlo Rainaldi, e dois dos mais importantes arquitetos barrocos da época: Francesco Borromini e o escultor Gian Lorenzo Bernini .

O nome desta igreja não tem relação com a "agonia" da mártir: in agone era o antigo nome da Piazza Navona (piazza in agone) e significa, ao invés disso, "no local das competições" (do grego), pois a Piazza Navona foi construída no local de um antigo estádio romano de modelo grego utilizado para corridas à pé. De in agone, o uso popular e a pronúncia mudou o nome para "Navona", mas outras ruas da região mantiveram o nome original .

Os primeiros esboços para uma igreja em formato de cruz grega foram preparados para os Pamphili pelo arquiteto da família, Girolamo Rainaldi e pelo seu filho Carlo em 1652. Eles foram contratados pelo papa Inocêncio X, cujo monumento funerário seria futuramente colocado na igreja . Eles reorientaram a fachada principal da igreja a partir da via Santa Maria dell’Anima, uma rua a um quarteirão de distância, para a própria Piazza Navona, um grande espaço urbano cuja renovação artística estava a ser financiada e promovida por Inocêncio, que a pretendia transformar num símbolo de poder da sua família. O plano orginal pretendia edificar a nova igreja sobre a antiga, que se tornaria a cripta, e que implicaria que a nova igreja estivesse num nível acima do da praça; ideia que, no entanto, foi abandonada logo que a construção começou. Os desenhos originais estão perdidos, mas é provável que a fachada na Piazza Navona incluísse um nártex entre as duas torres e uma escadaria de grandes dimensões descendo até a praça .

O projeto foi alvo de críticas severas, sobretudo a proeminência excessiva da escadaria em relação à praça, tendo levado a que Carlo eliminasse o nártex e projetasse uma fachada côncava para que os degraus não invadissem tanto o espaço público . O desenho das torres gêmeas enquadrando a cúpula central parece ter sido inspirado nas torres de Bernini da fachada da Basílica de São Pedro. No entanto, o desenho de Rainaldi, de fachada côncava e cúpula central emoldurado por duas torres, viria a influenciar diversos projetos de igrejas na Europa Setentrional.

Em 1653, os Rainaldis foram substituídos por Borromini, que tinha agora o desafio de trabalhar com o plano inicial dos Rainaldi, tendo sido no entanto autor de várias alterações. No interior, por exemplo, encostou as colunas às arestas dos pilares da cúpula, aumentando significativamente a largura da base dos pendículos, o que contrasta com a pequena dimensão das bases Romanas.8 . Os seus desenhos revelam que havia projetado para a fachada da Piazza Navona uma escadaria até a piazza de degraus convexos, cuja relação com a fachada côncava definia um patamar oval na entrada principal. Sua fachada teria oito colunas e um frontão interrompido sobre a entrada. As torres laterais foram projetadas para ter apenas um patamar, sobre o qual assentaria um jogo complexo de colunatas e balaustradas.

Quando Inocêncio morreu, em 1655, a construção da fachada já havia alcançado o topo da ordem inferior. O sobrinho do papa, Camillo Pamphili, não se interessou pela construção, o que levaria à demissão de Borromini em 1657. Foi novamente contratado Carlo Rainaldi, o qual fez outras modificações no projeto de Borromini, incluindo um patamar adicional nas torres laterais e uma simplificação da parte superior de cada uma delas. Com a morte de Camillo, sua esposa Olímpia (Aldobrandini), contratou novamente Bernini para assumir a obra. Ele foi o responsável pelo frontão contínuo sobre o portal principal e pelo entablamento proeminente no interior.

Em 1668, o filho de Olímpia, também chamado Camillo, assumiu a responsabilidade pela obra. Contratou novamente Carlo Rainaldi como arquiteto e Ciro Ferri para pintar os afrescos da cúpula (sobre a Assunção de Maria). Ciro morreu em 1689 sem completar a obra , sendo a continuidade assegurada por Sebastiano Corbellini. Para a pintura dos pendículos, foi escolhido o tema das virtudes cardinais pelo protégée de Bernini, Giovanni Battista Gaulli entre 1662 e 1672.

Há diversas esculturas de grande porte nesta igreja, incluindo o relevo em mármore no altar principal, instalado por Carlo Rainaldi e Ciro Ferri, que mostra o Milagre de Santa Inês, inicialmente encomendado para Alessandro Algardi e completado por Ercole Ferrata e Domenico Guidi em 1688, com restrições para que o produto final estivesse conforme o design original de Algardi. A peça-de-altar da Sagrada Família (terceiro à direita) é também de Domenico Guidi.

O altar dedicado à Santo Aleixo, e que mostra a sua morte, foi completado por Giovanni Francesco Rossi. O altar que mostra o "Martírio de Santa Emerenziana" é de Ercole Ferrata. Ele também completou a "Santa Inês em Chamas", com Leonardo Retti terminando a parte superior. O altar com a "Morte de Santa Cecília" é obra de Antonio Raggi. A peça-de-altar do "Martírio de Santo Eustáquio" foi encomendada a Melchiorre Caffà, mas foi completado após a sua morte por Ferrata e Giovanni Francesco Rossi. A estátua de São Sebastião é de Pietro Paolo Campi.

Na igreja também há um santuário dedicado a Santa Inês e que preserva como relíquia o crânio da santa.
Fonte Wikipédia

Vista do altar principal


 "Santa Inês em chamas".por Ercole Ferrata.
 Rio della Plata, detalhe da fontana dei Quattro Fiumi

Basílica de S Pedro no Vaticano



A Basílica de São Pedro (em latim Basilica Sancti Petri, em italiano Basilica di San Pietro) é uma basílica no Estado do Vaticano, tratando-se da maior das igrejas do cristianismo e um dos locais cristãos mais visitados. Cobre uma área de 23000 m² ou 2,3 hectares (5.7 acres) e pode albergar mais de 60 mil devotos (mais de cem vezes a população do Vaticano). É o edifício com o interior mais proeminente do Vaticano, sendo sua cúpula uma característica dominante do horizonte de Roma, sendo adornada com 340 estátuas de santos, mártires e anjos. Situada na Praça de São Pedro, sua construção recebeu contribuições de alguns dos maiores artistas da história da humanidade, tais como Bramante, Michelangelo, Rafael e Bernini.

Foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro (de onde provém o nome da basílica) um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa e, portanto, o primeiro na linha da sucessão papal. Por esta razão, muitos Papas têm sido enterrados neste local. Sempre existiu um templo dedicado a São Pedro em seu túmulo, inicialmente extremamente simples, com o passar do tempo, os devotos foram aumentando o santuário, culminando na atual basílica. A construção do atual edíficio sobre o antigo começou em 18 de abril de 1506 e foi concluído em 18 de novembro de 1626, sendo consagrada imediatamente pelo Papa Urbano VIII. A basílica é um famoso local de peregrinação, por suas funções litúrgicas e associações históricas. Como trabalho de arquitetura, é considerado o maior edifício de seu período artístico.

A Basílica de São Pedro é uma das quatro basílicas patriarcais de Roma, sendo as outras a Basílica de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Contrariamente à crença popular, São Pedro não é uma catedral, uma vez que não é a sede de um bispo. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado (que fica na Basílica de São João de Latrão), certamente é a principal igreja que conta com a participação do Papa, pois a maioria das cerimônias papais são realizadas na Basílica de São Pedro devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do Papa, e a localização privilegiada no Vaticano.

História
Depois da crucificação de Jesus, na segunda metade do primeiro século da era cristã, está registado no livro bíblico de Atos dos Apóstolos que um de seus doze discípulos, conhecido como Simão Pedro, um pescador da Galileia, assumiu a liderança entre os seguidores de Jesus e foi de grande importância na fundação da Igreja Cristã. O nome é Pedro "Petrus" em latim e "Πέτρος" (Petros), em grego, decorrente de "Petra", que significa "pedra" ou "rocha" em grego. Pedro depois de um ministério com cerca de trinta anos, viajou para Roma e evangelizou grande parte da população romana. Pedro foi executado no ano 64 d.C durante o reinado do imperador romano Nero, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, perto do Obelisco no Circo de Nero.

Os restos mortais de São Pedro foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 metros (490 pés) a partir do seu local de morte. Seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome, mas sem sentido para os não-cristãos. Um santuário foi construído neste local alguns anos mais tarde. Quase trezentos anos depois, a antiga Basílica de São Pedro foi construída ao longo deste sítio.

A partir dos anos 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da basílica, após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a São Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, terem pertencido a São Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de São Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.

A Basílica Antiga
O imperador Constantino entre 326 e 333 d.C. ordenou a construção da "Antiga" Basilica de São Pedro, sobre o templo simples dedicado ao apóstolo, desta basílica nada restou atualmente, porém ela pode ser quase totalmente reconstruída por descobertas arqueológicas, descrições de peregrinos e desenhos antigos. Como em quase todas as igrejas da antiguidade, seguiu-se o modelo da basílica cívica romana: um salão retangular, dividido em nave central e naves laterais, que oferecia espaço bastante para a congregação dos fiéis. As cerimônias no altar eram realizadas na abside ao final da nave central, bem visíveis a todos. Havia transeptos, uma abside na extremidade ocidental, um grande átrio. Um afresco do século XVI na igreja de San Martino ai Monti nos dá uma ideia aproximada da aparência interior, com seu teto em madeira, mas ignoramos tudo sobre estátuas ou pinturas.

A basílica atual, com estrutura renascentista e barroca, foi erguida sobre a antiga, o que exigiu que o edifício fosse orientado para oeste, mas também que a necrópole antiga fosse aterrada, sendo construídas muralhas de suporte para criar uma enorme base que servisse como alicerce. Na plataforma, construiu-se então a basílica, com nave central e quatro naves laterais, ricamente adornada com afrescos e mosaicos e um grande átrio dianteiro, com colunas. Muitas vezes alterado e restaurado, o edifício de Constantino, conhecido como velha igreja de São Pedro, sobreviveu até o início do século XVI.

Idade Média
Durante o exílio dos papas em Avignon, de 1309 a 1377, ficou muito deteriorada e perdeu-se grande parte de sua magnificência. O desejo de uma igreja de grandiosidade apropriada para servir à cristandade, assim como a transferência da residência papal para o Vaticano, fez nascer planos de uma igreja nova. Sob o papado de Nicolau V (pontificado de 1447 a 1455) os trabalhos tiveram início num coro novo e no transepto, mas foram logo abandonados por falta de recursos.

Século XVI
No pontificado de Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se afinal derrubar a igreja velha e em 18 de abril de 1506 Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova basílica. Seus planos eram de um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega (com braços de idêntico tamanho), forma que correspondia aos ideais da Renascença por copiar a de um mausoléu da antiguidade. Uma sucessão de papas e arquitetos nos 120 anos seguintes participariam da construção que culminou no edifício atual. Iniciada por Júlio II, continuando nos pontificados do Papa Leão X (1513-1521), Papa Adriano VI (1522-1523). Papa Clemente VII (1523-1534), Papa Paulo III (1534-1549), Papa Júlio III (1550-1555) , Papa Marcelo II (1555), Paulo IV (1555-1559), Papa Pio IV (1559-1565), Papa Pio V (santo) (1565-1572), Papa Gregório XIII (1572-1585), Papa Sisto V (1585-1590), Papa Urbano VII (1590), Papa Gregório XIV (1590-1591), Papa Inocêncio IX (1591), Papa Clemente VIII (1592-1605), Papa Leão XI (1605), Papa Paulo V (1605-1621), Papa Gregório XV (1621-1623), Papa Urbano VIII (1623-1644) e Papa Inocêncio X (1644-1655).

Renascença
Em 1517 o Papa Leão X ofereceu indulgências para aqueles que dessem esmolas para ajudar na reconstrução da Basílica de São Pedro. O agressivo marketing de Johann Tetzel em promover esta causa provocou Martinho Lutero a escrever suas 95 Teses (Tetzel seria inclusive punido por Leão X por seus sermões, que ia muito além ensinamentos reais sobre as indulgências). Embora Lutero não negasse o direito do Papa ou da Igreja de conceder perdões e penitências, exigia a correção de abusos na prática.

Um século mais tarde o edifício ainda não estava completado. A Bramante sucederam, como arquitetos, Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III (pontificado de 1534-1549) em 1546 entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, aos 72 anos, deixou-se fascinar pela cúpula, concentrando nela os seus esforços, mas não conseguiu completá-la antes de sua morte em 1564. O zimbório é visível de toda a cidade de Roma, dominando seus céus e tem diâmetro de 42 m, ligeiramente menor ao domo do Panteão, mas é mais imponente por ser muito mais alto, com 132,5 m. Graças a seus planos e a um modelo em madeira, seu sucessor, Giacomo della Porta, foi capaz de terminá-la com ligeiras modificações. O modelo segue o da famosa cúpula que Brunelleschi ergueu na catedral de Florença e cria impressão de grande imponência. A diferença é que, ao contrário do que Michelangelo planejou, não se trata de uma cúpula semicircular mas afunilada, criando um movimento de impulso para cima até culminar na lanterna cujas janelas, inseridas em fendas entre duas colunas, deixam a luz inundar o interior. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitetura ocidental. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica.

Conclusão das Obras
Mudanças na liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo Maderno de aumentar para o leste o edifício, aumentando a nave e criando assim uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada.

Em 1629, Gian Lorenzo Bernini, agora o arquiteto principal, começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde Bernini redesenharia a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso.

Giacomo della Porta e Fontana concluiu a cúpula em 1590 durante o pontificado do Papa Sisto V. O papa que o sucedeu financiou a colocação das inscrições em honra a Sisto V na entrada da basílica. O Papa Clemente VIII liderou a colocação da cruz latina na cúpula, evento acompanhado pelo soar dos sinos de toda a cidade de Roma. Segundo a tradição, nesta cruz estão contidas partes da Vera Cruz e relíquias de Santo André.

Já em meados do século XVIII, rachaduras apareceram na cúpula e os arquitetos empenhados na construção do restante da basílica tiveram de se concentrar no domo e planejaram a colocação de anéis de ferro na obra prima de Michelangelo.

Na cúpula jaz a inscrição:

S. Petri pp sixtvs gloriae. V. A. m. d. xc. Pontif. V. (Para a glória de São Pedro; Sisto V, Papa, no ano de 1590 e quinto ano do seu pontificado.)

Os trabalhos terminaram oficialmente quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado do Papa Pio VI (1775-1799).
Tabernáculo de Donatello
 Porta sagrada
 S Bruno
 Cátedra de S Pedro
 S Paulo da Cruz
 S Guilherme de Vercelli
 S Antonio Maria Zacarias
 Vista externa da cúpula
 Estátua equestre de  Carlos Magno, Agostino Cornacchini (1725)
 Monumento a Inocencio XII.  
 Monumento a Clementina Sobieski. 
 Monumento a rainha Cristina da Suécia
 Santo André
 Santa Helena
 Santa Verônica
 Vista interna da cúpula
 Relevo de Leão I expulsando Átila
 Pietá de Michelangelo
 Monumento a Inocencio XI.
 Tumba de Pío VII.  
 Praça de S Pedro
 Monumento a Benedicto XV. 
 Tumba de Benedicto XIV.  
 Monumento a Pío VIII.  
 Vista da Basílica em uma pintura de Viviano Cordazzi, de 1630
 Campanário
 Tumba de Clemente X.
 Monumento a Alejandro VII. 
 Monumento a Gregorio XIII.  
 Vista da fachada à noite
 Tumba de Paulo II
 Vista da Basílica
 Tumba de Leão XI por Alessandro Algardi
 Baldaquino de S Pedro
 Interior da basílica na pintura de Giovanni Paolo Panini
 Nave central da basílica 
 Interior e contra fachada
 S Longinus

 Sacristia
 S Pedro de Alcântara
 Tumba do Papa Pio X

I de S Inacio de Loyola



A Igreja de Santo Inácio de Loyola no Campo de Marte (em italiano: Chiesa di Sant'Ignazio di Loyola a Campo Marzio) é uma igreja de Roma, na Itália, dedicada ao fundador da ordem dos jesuítas.

Construída em estilo barroco entre 1626 e 1650, a igreja funcionou inicialmente como igreja paroquial adjacente ao Collegio Romano, que se mudou em 1584 para um novo prédio maior e tornou-se a Pontifícia Universidade Gregoriana.

Após a canonização de Santo Inácio de Loyola em 1622, o Papa Gregório XV sugeriu a seu sobrinho, o Cardeal Ludovico Ludovisi, que uma nova igreja deveria ser erigida para o fundador da Companhia de Jesus. O cardeal aceitou a idéia e pediu a vários arquitetos para desenhar planos, entre os quais Carlo Maderno. Ludovisi finalmente escolheu o do matemático jesuíta Orazio Grassi, professor no Collegio Romano. A pedra fundamental foi lançada apenas em 2 de agosto de 1626, quatro anos mais tarde, um atraso que foi causado pelo fato de que uma parte dos antigos edifícios pertencentes ao Collegio Romano tiveram de ser demolidos. Igreja de Santo Inácio foi aberta ao culto público apenas em 1650, por ocasião do Jubileu de 1650, e só foi concluída no final do século. A consagração solene da igreja foi celebrada apenas em 1722. A igreja tem uma planta em cruz latina, com numerosas capelas laterais. O edifício foi inspirado na igreja matriz dos Jesuítas, a Igreja de Jesus. As imponentes pilastras coríntias que estruturam todo o interior, a ênfase teatral sobre o altar na abside, mármores coloridos, vívidas esculturas em estuque e mármore ornamentando os altares, fartas douraduras, e ousadas pinturas em trompe-l'oeil no teto nave, produzem um efeito de conjunto festivo e suntuoso.

Andrea Pozzo, um irmão jesuíta, pintou após 1685 o grandioso afresco que se estende por todo o teto da nave. Ele celebra a obra de Santo Inácio e da Companhia de Jesus no mundo, apresentando o santo recebido no Paraíso por Cristo e a Virgem Maria e rodeado por representações alegóricas dos quatro continentes. Pozzo trabalhou de modo a dissolver ilusionisticamente a superfície real da abóbada da nave, criando uma projeção em perspectiva que faz o observador ver uma cúpula aberta para o céu brilhante e cheio de figuras voando. Um disco de mármore no meio do chão da nave marca o ponto ideal a partir do qual os observadores podem perceber melhor a ilusão. Pozzo também pintou os afrescos nos pendentes da cúpula, cada um com uma passagem do Antigo Testamento, figurando Judite, Davi, Sansão e Jael. Novamente por Pozzo, os afrescos da abside apresentam a vida e a apoteose de Santo Inácio. O cerco de Pamplona, no painel à esquerda, comemora o ferimento de Santo Inácio, que levou à convalescença e conversão que transformou sua vida. O painel sobre o altar-mor tem a Visão de Santo Inácio na Capela de La Storta, comemorando o lugar onde o santo recebeu o chamado divino. Santo Inácio recebendo Francisco Borgia recorda o recrutamento do nobre espanhol que se tornou o Geral da Companhia dos Jesuítas. Pozzo é também responsável pelo afresco na concha da abside representando Santo Inácio curando os pestilentos.

A capela do transepto direito, dedicada a São Luís Gonzaga, tem um mármore em alto-relevo representando São Luís Gonzaga na Glória (1697-1699), de Pierre Le Gros, o Jovem, e abaixo fica o caixão de vidro de São Roberto Bellarmino. Le Gros foi autor também da suntuosa tumba de Gregório XV e de seu sobrinho, em associação com Pierre-Étienne Monnot, que esculpiu duas figuras da Fama para o monumento. A capela do transepto esquerdo tem um altar em mármore da Anunciação de Filippo della Valle, com figuras alegóricas e os anjos (1649) por Pietro Bracci, e um teto com afrescos de Andrea Pozzo. A parede oeste da nave tem um grupo escultórico mostrando a Magnificência e a Religião (1650) por Alessandro Algardi. Algardi também ajudou a projetar os altos-relevos em estuque que existem em ambas as paredes laterais da nave logo acima das entradas das capelas e debaixo da grandiosa entablatura da nave.
Fonte Wikipédia.
Apoteose de S inácio
 Estátua de anjo
 Cappela Ludovisi e tumba di Gregorio XV

 Dedicatória a S Inácio de Loyola