Santi Giovanni e Paolo (João e Paulo) é uma antiga
basílica localizada em Roma, no Monte Célio, e, por isso, às vezes chamada de
Santi Giovanni e Paolo al Celio. Ela foi construída em 398 por ordem do senador
romano São Pamáquio (em latim: Pammachius) sobre a casa de dois soldados
romanos, João e Paulo, martirizados numa perseguição aos cristãos do imperador
Juliano, o Apóstata em 362 d.C. A igreja era chamada de Titulus Pammachii e
aparece com este nome nos atos do sínodo realizado pelo papa Símaco em 499 d.C.
A igreja foi danificada no saque de Roma pelo vândalo
Alarico I (410) e num terremoto (442), sendo restaurada pelo papa Pascoal I
(824). Ela foi novamente danificada no saque de 1084 pelos normandos e
restaurada novamente, desta vez com a adição de um mosteiro anexo e uma torre. Ela
é a casa-matriz dos passionistas e o local onde foi sepultado São Paulo da
Cruz.
O interior da igreja tem três naves, com pilares ligados
às colunas originais. O altar foi construído sobre uma piscina que contém os
restos dos dois mártires. A abside contém um afresco de Cristoforo Roncalli (um
dos pintores chamados de il Pomarancio) sobre "Cristo Glorificado"
(1588) e, abaixo, três pinturas: "O Martírio de São João", o
"Martírio de São Paulo" e a "Conversão de Terenziano"
(1726), de Domenico Piastrini, Giacomo Triga e Pietro Andrea Barbieri
respectivamente. A sacristia tem uma tela de Antoniazzo Romano chamada
"Madona com o Menino com os Santos João Evangelista & João Batista e
Santos Jerônimo e Paulo". Abaixo da nave (e da igreja, portanto) existem
algumas salas romanas dos séculos I-IV que foram descobertas em escavações no
século XIX . De acordo com a autora Charlotte Anne Eaton, estas salas eram celas
nas quais animais selvagens eram mantidos antes de serem utilizados nos
espetáculos no Coliseu. Uma passagem com baixo pé-direito conecta o local ao
Coliseu
No final do corredor da direita está a entrada para o
subterrâneo da basílica, descoberto em 1887 pelo padre Germano da San
Stanislao, que na época era o reitor da basílica e estava procurando os túmulos
dos mártires João e Paulo. Ele encontrou vinte salas decoradas pertencentes a
pelo menos cinco diferentes edifícios datados dos quatro primeiros séculos.
Este cinco edifícios hoje são um dos mais conservados complexos residenciais
romanos ainda existentes, exemplos primários das chamadas domus ecclesiae
("casa-igreja") - outro exemplo é Dura Europos. Os afrescos originais
ainda podem ser vistos no local, com cenas do martírio.
Em uma das salas, que era o pátio de um nymphaeum, está
um elegante afresco do século III representando "Prosérpina e outras
divindades romanas entre querubins num barco" (3 x 5 metros), assim como
restos de um outro afresco de tema marítimo e mosaicos nos arcos das janelas.
Entre os séculos III e IV, algumas modificações foram feitas nas salas e uma
espécie de oratório foi construído, com mosaicos de temas cristãos, que
contrastam com a decoração das demais salas, com temas não necessariamente
cristãos ("gênios alados", guirlandas, pássaros etc.). Um
confessionário também foi construído no século IV num corredor atrás do Clivus
Scauri e decorado com afrescos cristãos ("Decapitação de Crispo,
Crispiniano e Benedetta", figuras femininas e um "orante" ou
"pessoa em oração"). .
Fonte Wikipédia
Campanário
Santuário com o corpo de S Paulo da Cruz
Vista à partir do Palatino
La Basilique Saint-Jean-et-Saint-Paul à Rome, por François Marius Granet
Afrescos nas casas romanas abaixo da basílica.
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