terça-feira, 27 de agosto de 2013

Basilica dos Santos Giovanni e Paolo


Santi Giovanni e Paolo (João e Paulo) é uma antiga basílica localizada em Roma, no Monte Célio, e, por isso, às vezes chamada de Santi Giovanni e Paolo al Celio. Ela foi construída em 398 por ordem do senador romano São Pamáquio (em latim: Pammachius) sobre a casa de dois soldados romanos, João e Paulo, martirizados numa perseguição aos cristãos do imperador Juliano, o Apóstata em 362 d.C. A igreja era chamada de Titulus Pammachii e aparece com este nome nos atos do sínodo realizado pelo papa Símaco em 499 d.C.


A igreja foi danificada no saque de Roma pelo vândalo Alarico I (410) e num terremoto (442), sendo restaurada pelo papa Pascoal I (824). Ela foi novamente danificada no saque de 1084 pelos normandos e restaurada novamente, desta vez com a adição de um mosteiro anexo e uma torre. Ela é a casa-matriz dos passionistas e o local onde foi sepultado São Paulo da Cruz.

O interior da igreja tem três naves, com pilares ligados às colunas originais. O altar foi construído sobre uma piscina que contém os restos dos dois mártires. A abside contém um afresco de Cristoforo Roncalli (um dos pintores chamados de il Pomarancio) sobre "Cristo Glorificado" (1588) e, abaixo, três pinturas: "O Martírio de São João", o "Martírio de São Paulo" e a "Conversão de Terenziano" (1726), de Domenico Piastrini, Giacomo Triga e Pietro Andrea Barbieri respectivamente. A sacristia tem uma tela de Antoniazzo Romano chamada "Madona com o Menino com os Santos João Evangelista & João Batista e Santos Jerônimo e Paulo". Abaixo da nave (e da igreja, portanto) existem algumas salas romanas dos séculos I-IV que foram descobertas em escavações no século XIX . De acordo com a autora Charlotte Anne Eaton, estas salas eram celas nas quais animais selvagens eram mantidos antes de serem utilizados nos espetáculos no Coliseu. Uma passagem com baixo pé-direito conecta o local ao Coliseu

No final do corredor da direita está a entrada para o subterrâneo da basílica, descoberto em 1887 pelo padre Germano da San Stanislao, que na época era o reitor da basílica e estava procurando os túmulos dos mártires João e Paulo. Ele encontrou vinte salas decoradas pertencentes a pelo menos cinco diferentes edifícios datados dos quatro primeiros séculos. Este cinco edifícios hoje são um dos mais conservados complexos residenciais romanos ainda existentes, exemplos primários das chamadas domus ecclesiae ("casa-igreja") - outro exemplo é Dura Europos. Os afrescos originais ainda podem ser vistos no local, com cenas do martírio.

Em uma das salas, que era o pátio de um nymphaeum, está um elegante afresco do século III representando "Prosérpina e outras divindades romanas entre querubins num barco" (3 x 5 metros), assim como restos de um outro afresco de tema marítimo e mosaicos nos arcos das janelas. Entre os séculos III e IV, algumas modificações foram feitas nas salas e uma espécie de oratório foi construído, com mosaicos de temas cristãos, que contrastam com a decoração das demais salas, com temas não necessariamente cristãos ("gênios alados", guirlandas, pássaros etc.). Um confessionário também foi construído no século IV num corredor atrás do Clivus Scauri e decorado com afrescos cristãos ("Decapitação de Crispo, Crispiniano e Benedetta", figuras femininas e um "orante" ou "pessoa em oração"). .


Fonte Wikipédia

Campanário
 Santuário com o corpo de S Paulo da Cruz
 Vista à partir do Palatino
 La Basilique Saint-Jean-et-Saint-Paul à Rome, por François Marius Granet
 Afrescos nas casas romanas abaixo da basílica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário