San Sebastiano fuori le mura, conhecida como Basílica
de São Sebastião das Catacumbas, é
uma igreja
de Roma, no bairro Ardeatino, na Via
Ápia. Fazia parte das sete igrejas visitadas pelos
peregrinos por ocasião do jubileu
A igreja foi construída no século IV, sobre o lugar onde, segundo a tradição,
tinham sido transferidas em 258 as relíquias dos apóstolos São Pedro e São Paulo para salvá-las da profanação
durante o período de perseguições.
Retornadas, posteriormente, às suas sedes de origem (na Via Cornélia e na Via Ostiense), na Catacumba de São Sebastião: sobre a catacumba, o imperador romano Constantino I fez
construir, na primeira metade do século IV, uma grande basílica que,
inicialmente, foi dedicada à memoria
apostolorum, assumiu, na sequência, o nome atual.
A igreja recebeu, pois, o
atributo ad
catacumbas em virtude
das catacumbas de São Sebastião, sobre as quais foi construída, enquanto o
título fuori le
mura refere-se ao
fato de que a igreja se encontra fora da Muralha Aureliana e
servia para distingui-la da Igreja de San Sebastiano al
Palatino.
Os restos mortais de São Sebastião foram transladados para a Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 826, pelo
temor de um iminente assalto dos sarracenos,
que se concretizou, causando a destruição total da igreja. O local de culto foi
reedificado pelo Papa Nicolau I e
o altar do mártir foi reconsagrado pelo Papa Honório III a
pedido dos padres cistercenses,
que receberam o cuidado da igreja.
A construção do atual edifício
foi ordenada pelo cardial Scipione
Caffarelli-Borghese e
remonta ao Século XVII,
tendo sido continuada primeiro por Flaminio Ponzio e
finalmente por Giovanni Vasanzio.
A basílica é a sede paroquial,
instituída em 18 de abril de 1714 pela bula do Papa Clemente XI. É também a sede do título cardinalício de "São Sebastião nas Catacumbas",
instituído pelo Papa João XXIII em 1960.
Basílica Constantiniana
Constantino fez construir a primitiva basílica segundo o
modelo circiforme em três naves e precedida por um grande átrio
quadrangular, modelo usado também nas outras basílicas erigidas pelo imperador
em Complexo monumental de Santa Inês fora
dos Muros na Via Nomentana e a Basílica de São Lourenço Fora de Muros na
Via Tiburtina.
Partes desta basílica foram utilizadas para a reconstrução no Século XVII: em
particular o novo edifício ocupou a antiga nave central.
Em 1933 foram reconstruídas as naves
utilizando o deambulatório que
corria ao redor da basílica do Século IV: na nave da direita foram recolhidos
artefatos provenientes das catacumbas subjacentes, e foi criada a entrada para
o cemitério hipógeo; na nave da esquerda está uma das saídas para a catacumba e
para o Museu Epigráfico.
Basílica Atual
A fachada do edifício é de autoria de Giovanni Vasanzio e foi terminada em 1613; foi construída por um pórtico com três arcos
na parte inferior e três grandes janelas separadas por pilastras na
parte superior. Os arcos inferiores são suportados por colunas de granito provenientes
da basílica constantiniana.
O interior dispõe de uma nave
única, com teto linear entalhado, no qual estão representados o santo titula
dos brasões do cardeal Scipione
Borghese e do papa Gregório XVI.
No lado direito se encontram:
a capela das relíquias, decorada em 1625, na qual
estão colocadas uma pedra que traria as pegadas dos pés de Jesus em 1625, uma das flechas que
mataram São Sebastião com a parte da coluna na qual foi amarrado durante o
suplício; os altares de Santa Francisca
Romana e de São Jerônimo; a capela Albani, construída
entre 1706-1712 pelo
arquiteto Carlo Fontana numa
comissão formada pelo Papa Clemente XI, Albani, sob a direção de Carlo Maratta, com a colaboração de Alessandro Specchi,Filippo Barigioni e
Carlo Fontana. Entre as obras de arte, há uma estátua de Francesco Papaleo representando São Fabiano com anjos.
No lado esquerdo há: à
esquerda da entrada, a lápide do Papa Dâmaso I com
o elogio fúnebre ao mártir Santo Eutíquio,
esculpida por Fúrio Dionísio
Filócalo; a capela de São Sebastião, construída por Ciro Ferri em 1672, com a estátua do santo de Giuseppe Giorgetti, onde estão conservadas as
relíquias do mártir; a capela do Crucifixo (antiga sacristia) construída em 1727; os altares laterais dedicados a São Carlos Borromeu e a São Francisco de Assis, e no último uma tela
representando São
Francisco em oração de Gerolamo Muziano.
A nave central termina com o arco triunfal que leva ao presbitério que, por
sua vez, à planta quadrada, é encimado por uma cúpula. O altar-mor, composto
por uma edícula com quatro colunas, é obra de Flaminio Ponzio: nele, se
encontram a tela de Innocenzo Sacconi com
a Crucificação, e ao
redor os Bustos dos
Santos Pedro e Paulo de Nicolas Cordier.
Fonte Wikipédia